Atuações Grêmio x Corinthians: Quem Decepcionou e Quem Tentou Salvar?

O recente embate entre Grêmio e Corinthians, válido pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2025, deixou a torcida tricolor com um amargo sabor de frustração. Em um confronto onde a expectativa era de superação, a equipe gremista não conseguiu impor seu jogo, resultando em uma derrota que expôs fragilidades notáveis. A análise pós-partida revela um desempenho coletivo aquém do esperado, com atuações individuais que variaram entre a decepção e raros lampejos de esforço.

A seguir, detalhamos as avaliações dos atletas e do comando técnico, buscando compreender os motivos por trás do resultado e as lições que podem ser tiradas deste revés. As notas atribuídas pelo GE e pelo público, embora subjetivas, fornecem um termômetro da percepção sobre o rendimento em campo.

Defesa em Xeque: Erros Capitais e Vulnerabilidades

A linha defensiva do Grêmio foi um dos setores mais questionados, com falhas cruciais que impactaram diretamente o placar. O goleiro Tiago Volpi, que obteve notas 4.0 tanto do GE quanto do público, viu sua atuação marcada por um erro decisivo. Apesar de ter realizado defesas importantes, como uma intervenção prévia ao gol corintiano e uma boa defesa em chute de Memphis no segundo tempo ? além de ser inocente no gol de pênalti do holandês ? sua saída equivocada no lance do primeiro gol adversário foi determinante para o resultado.

Outros nomes da defesa também enfrentaram dificuldades. João Lucas (4.0/4.0) manteve uma regularidade na retaguarda, mas demonstrou ineficácia ao tentar apoiar o ataque, falhando em encontrar os companheiros. Wagner Leonardo (4.5/4.5) teve um momento de desatenção crucial, sendo superado em uma disputa aérea que originou o gol do Corinthians. Embora tenha melhorado na etapa final, sua partida esteve abaixo do padrão que já apresentou em outras ocasiões pelo Grêmio . Marlon (5.0/5.0), por sua vez, foi bastante acionado pela esquerda, mas sua participação ofensiva resumiu-se a uma única finalização e poucas chances criadas.

Em contraste, Noriega (5.0/5.0) foi o destaque positivo do setor defensivo. Mesmo envolvido em um lance controverso que gerou reclamação de pênalti por parte do Corinthians, sua performance foi considerada a melhor entre os defensores, mostrando maior solidez e consistência ao longo do jogo.

Foto: (JHONY INACIO/Agencia Enquadra)

Meio-Campo: Esforço Sem Efetividade e um Pênalti Crucial

O setor de meio-campo gremista lutou para encontrar seu ritmo e efetividade. Dodi (4.0/4.0) ilustra bem essa dificuldade. Sua intensa movimentação em campo foi evidente, mas o jogador encontrou grande obstáculo em fechar os espaços à frente da área. Para agravar, cometeu um pênalti no segundo tempo ao tocar a bola com a mão, um lance que selou ainda mais a desvantagem tricolor. Edenílson (4.0/4.0) e Cristaldo (4.5/4.5) também tiveram atuações discretas. Edenílson pouco apareceu em sua função, e a equipe sentiu a ausência de sua participação mais incisiva. Cristaldo , de forma similar, não conseguiu ser o motor criativo esperado, apesar de ter puxado um contra-ataque promissor, o que foi insuficiente para gerar perigo real.

Arthur Melo (6.0/6.0) foi uma das poucas peças que tentou ditar o ritmo do jogo. Com seus toques curtos e giros, buscou organizar o meio-campo, mas a falta de sintonia com os demais companheiros limitou seu impacto. Ele ainda se destacou defensivamente ao salvar uma bola aérea no primeiro tempo. Cuéllar (5.0/5.0), que entrou na parte final do jogo, teve sua participação mais focada em ganhar ritmo de jogo e retomar a sequência de atuações.

Ataque: Pouca Criação e Oportunidades Desperdiçadas

O ataque do Grêmio foi um capítulo à parte na falta de produtividade. Alysson (4.0/4.0) personificou essa ineficiência. Apesar de alguns lances isolados de qualidade, sua atuação se assemelhou mais à de um marcador do que a de um atacante, culminando na perda da melhor oportunidade gremista no segundo tempo. Pavón (5.0/5.0) demonstrou sua dedicação habitual, mas essa entrega não se traduziu em lances de perigo, com sua única finalização sendo facilmente defendida por Hugo Souza.

Carlos Vinícius (4.5/4.5), embora tenha recebido alguns passes de pivô, não teve chances claras de finalização e sua participação geral foi aquém do esperado. André (5.0/5.0) mostrou um pouco mais de envolvimento na construção ofensiva, inclusive acertando o travessão com uma cabeçada, um dos poucos momentos de real ameaça ao gol adversário. Cristian Olivera (4.5/4.5), que tem sido alvo de polêmicas fora de campo, teve poucos minutos e, neles, conseguiu apenas uma arrancada promissora, sem maior sequência.

O ponto mais brilhante no ataque veio de Amuzu (6.0/6.0), que foi inegavelmente o melhor jogador ofensivo do Grêmio . Com finalizações e cruzamentos perigosos, ele foi quem mais conseguiu levar vantagem sobre a defesa corintiana, mostrando-se uma peça fundamental na tentativa de reação gremista.

A Análise Tática: Faltou Mecânica Ofensiva

O técnico Mano Menezes (4.5/4.5) optou por escalar o que considerava sua melhor formação disponível, com uma única alteração na zaga esquerda. A equipe, de fato, conseguiu competir em alguns momentos do jogo, demonstrando certa organização defensiva. Contudo, a avaliação crítica aponta para uma deficiência gritante: a falta de uma mecânica ofensiva consistente. O Grêmio não conseguiu criar jogadas elaboradas ou levar perigo constante ao adversário, dependendo de lances isolados e da individualidade de poucos atletas. Essa lacuna tática no ataque foi um dos principais fatores que impediram o Tricolor de buscar um resultado diferente.

Desempenho Individual: Um Panorama Detalhado

Para uma visão mais clara do desempenho individual, apresentamos a tabela consolidada das notas dos jogadores e do técnico: