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Avalanche na Arena: Por Que o Corpo de Bombeiros Vetou o Retorno da Celebração do Grêmio
Por Redação Sou Imortal em 18/07/2025 14:33
A lendária "avalanche" da torcida do Grêmio, uma marca indelével dos tempos do Olímpico, permanece sem perspectiva de reaparecimento na moderna Arena. Recentemente, um episódio peculiar reacendeu as esperanças de muitos: durante uma coletiva de imprensa sobre a aquisição do estádio, uma declaração de Paulo Odone, captada inadvertidamente por um microfone, ecoou como um arauto de tempos passados: "Nós vamos trazer a 'avalanche' de volta". Contudo, essa prática está formalmente banida desde 2013, após um incidente de sérias proporções.
A proibição, diga-se de passagem, assenta-se em pilares inegociáveis de segurança. Em 2013, no calor de um gol de Elano contra a LDU, a grade da arquibancada cedeu, resultando em sete torcedores feridos e a consequente interdição da área por um período de quatro meses. Desde aquele fatídico evento, o Corpo de Bombeiros só concedeu a autorização para a utilização do setor mediante a implementação de robustos reforços estruturais, o que, por sua própria natureza, inviabilizou qualquer pretensão de ressurreição da "avalanche".
Corpo de Bombeiros: A Posição Inflexível sobre a 'Avalanche'
O coronel Marcelo Carvalho Soares, que ocupa a diretoria do Departamento de Segurança, Prevenção e Proteção Contra Incêndios (DSPCI), foi inequívoco ao detalhar as razões que impedem o retorno dessa forma de celebração.
Sua análise é cristalina:
"Sob o ponto de vista técnico, a prática representa violação direta aos princípios fundamentais de segurança contra incêndio", declarou o coronel. Ele prosseguiu, especificando as exigências rigorosas para a obtenção do Alvará de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (APPCI). Entre as normativas, destacam-se a inclinação máxima de 25 graus para a arquibancada, um limite estrito de 10 mil espectadores em pé e a obrigatoriedade de instalação de barreiras antiesmagamento. Dessa forma, qualquer projeto de expansão da arquibancada norte está intrinsecamente condicionado ao cumprimento integral dessas diretrizes estabelecidas pelo Plano de Prevenção (PPCI).
Em face de tais imposições, a conclusão é inegável:
"não há possibilidade técnica ou jurídica para o retorno da 'avalanche' como ocorria no Olímpico", reiterou Soares, dissipando qualquer vestígio de dúvida.
Tradição Versus Segurança: Um Dilema Sem Solução?
É imperativo reconhecer que, apesar da forte carga de nostalgia e do aparente desejo político por uma revitalização da "avalanche", os riscos inerentes de esmagamento, quedas e potenciais danos estruturais mantêm a prática firmemente vetada. Consequentemente, o Grêmio se vê compelido a explorar e implementar novas abordagens para celebrar suas vitórias, sempre priorizando a integridade física de seus fiéis torcedores. A segurança, neste cenário, prevalece de forma absoluta, e a "avalanche" permanece, por ora, uma relíquia do passado.
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