- Sou Imortal
- Escândalo da Arbitragem: Grêmio Exige Profissionalismo Urgente no Futebol Brasileiro
Escândalo da Arbitragem: Grêmio Exige Profissionalismo Urgente no Futebol Brasileiro
Por Redação Sou Imortal em 06/10/2025 11:44
Os recentes episódios ocorridos em Bragança Paulista e no Morumbi, durante o último fim de semana, ultrapassaram qualquer limite de aceitação em relação aos equívocos da arbitragem. A indignação é palpável, e as declarações de figuras do futebol ressoam com a frustração dos torcedores. O diretor de futebol do Grêmio, Marlon, foi incisivo ao afirmar que "O Grêmio está sendo roubado", um apelo veemente direcionado à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para que medidas sejam tomadas.
O que se esperava com a introdução do Árbitro de Vídeo (VAR) no futebol era uma significativa redução do erro humano, por meio da análise de imagens de apoio operadas por profissionais devidamente capacitados e com domínio irrestrito das regras do esporte. Em diversas ligas ao redor do mundo, essa ferramenta cumpre seu papel com êxito. Contudo, em solo brasileiro, a situação é distinta. Conseguimos desvirtuar aquilo que foi concebido para aprimorar o jogo, transformando-o, paradoxalmente, em um foco de controvérsia.
A Decepção do VAR: Erros Inexplicáveis no Campo
Como colunista, sempre me inclinei a defender a boa-fé e a presunção de inocência, partindo do pressuposto de que os equívocos são fruto de engano ou incompetência, jamais de má-fé. Contudo, os erros flagrantes observados nos confrontos entre Bragantino e Grêmio , e São Paulo e Palmeiras, no último fim de semana, abalam profundamente essa premissa. Embora eu me esforce para manter essa convicção, torna-se cada vez mais desafiador.
Persisto na crença de que as equipes de arbitragem cometeram falhas genuínas, por serem seres humanos suscetíveis a equívocos, mesmo diante de evidências claras. No entanto, não consigo, neste momento, contrapor a visão do torcedor gremista ou são-paulino que adota uma perspectiva oposta. Qualquer um que, nesta segunda-feira, levantar a hipótese de algo questionável nos bastidores, me encontrará em silêncio, constrangido e desolado.
A gravidade da situação foi ecoada pelo diretor do São Paulo, Carlos Belmonte, que proferiu uma crítica contundente:
"O VAR no futebol brasileiro é uma vergonha". Essa declaração reflete um sentimento generalizado de desconfiança e frustração que permeia o cenário do futebol nacional, exigindo uma reflexão profunda sobre o futuro da arbitragem.
A Urgência da Profissionalização Arbitral no Brasil
É imperativo que, após equívocos de tal magnitude, os dirigentes dos clubes brasileiros e a própria CBF ajam decisivamente para implementar a profissionalização da arbitragem a partir de 2026. Caso contrário, será impossível conferir credibilidade a qualquer lamento de quem se sinta lesado no futuro. Recursos financeiros para essa iniciativa não faltam; a CBF dispõe de vastas somas, e os clubes podem contribuir com uma porcentagem de suas receitas, uma espécie de contribuição obrigatória para sustentar árbitros profissionais.
Inicialmente, se houver hesitação em profissionalizar todo o quadro, que a experiência comece com um grupo seleto de dez árbitros. Esses indivíduos passariam a dedicar-se exclusivamente à arbitragem, com carga horária diária de treinamento, cursos teóricos, avaliações práticas e remuneração condizente. Seriam, enfim, cobrados à altura do exigente universo do futebol de alto rendimento.
Se a CBF tem dúvidas sobre como proceder, basta observar os modelos adotados em países onde a arbitragem profissional já é uma realidade consolidada. Além disso, a entidade deveria considerar a implementação do impedimento semiautomático para 2026, sinalizando um compromisso genuíno com a proteção da integridade de seu próprio produto. Argumentar a falta de recursos seria, para mim, uma anedota sem graça.
A Contradição de Abel Ferreira e a Credibilidade do Apito
Um episódio particularmente lamentável foi a declaração de um dos mais renomados treinadores do mundo, Abel Ferreira, em coletiva pós-jogo. Ao comentar a partida em que sua equipe vencia por 2 a 0, ele negou a existência de um pênalti assinalado para o São Paulo, que, para muitos, era escandaloso. Tal posicionamento, vindo de alguém que frequentemente manifesta preocupação com a atuação dos árbitros e prega a seriedade e o profissionalismo de todos os envolvidos no futebol, é, no mínimo, constrangedor e entristecedor.
A consistência é um valor inegociável em qualquer esfera, e no futebol não é diferente. Se Abel Ferreira, em um futuro próximo, voltar a reclamar da arbitragem e expressar que "assim não dá", sua argumentação perderá parte de sua força, diante da memória de suas próprias palavras. A busca por um futebol mais justo e transparente exige que todos os atores, sem exceção, estejam alinhados com os princípios de integridade e honestidade.
O caso da expulsão de Kannemann no final do primeiro tempo do jogo entre Bragantino e Grêmio serve como um doloroso lembrete das consequências diretas de decisões arbitrais questionáveis. Esses momentos não apenas alteram o curso de uma partida, mas também alimentam a desconfiança e a sensação de injustiça que tanto prejudicam a credibilidade do esporte. É tempo de agir com firmeza e responsabilidade para resgatar a confiança no apito.
Curtiu esse post?
Participe e suba no rank de membros