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Grêmio Campeão Mundial 1983: A Jornada Épica de Tóquio à Glória Eterna
Por Redação Sou Imortal em 11/09/2025 21:45
Em 11 de dezembro de 1983, o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense gravou seu nome de forma indelével na galeria dos gigantes do futebol mundial. Naquela data memorável, em um confronto eletrizante contra o Hamburgo, então campeão europeu, o clube gaúcho emergiu vitorioso por 2 a 1 na prorrogação, assegurando o cobiçado título do Mundial de Clubes.
A partida, disputada no Estádio Nacional de Tóquio, no Japão, marcou a consagração de um conjunto determinado e tecnicamente superior, meticulosamente orquestrado pelo visionário treinador Valdir Espinosa. Diante de uma plateia de 62 mil espectadores, o embate colocou frente a frente o detentor da Taça Libertadores da América e o supremo campeão da Liga dos Campeões da Europa.
A Trajetória Imortal: Da América à Supremacia Global
A jornada que conduziu o Imortal ao pináculo do futebol mundial teve seu início com a conquista da Taça Libertadores da América de 1983. A final continental foi um duelo épico contra o Peñarol, do Uruguai, que se desenrolou em duas etapas decisivas. No primeiro confronto, realizado em Montevidéu, o placar registrou um empate em 1 a 1, com gols de Morena para os uruguaios e Tita para o Grêmio .
O desfecho, em julho daquele ano, foi no saudoso Estádio Olímpico. Na partida decisiva, o Tricolor gaúcho demonstrou sua força ao vencer por 2 a 1, com tentos de Caio e César, enquanto Morena novamente descontava para a equipe uruguaia. Essa vitória selou a passagem do Grêmio para o confronto intercontinental.
O adversário europeu, o Hamburgo, havia alcançado a glória continental em maio do mesmo ano, superando a Juventus, da Itália, por 1 a 0. O gol decisivo foi de Magath, em uma final disputada em Atenas, na Grécia. A equipe alemã ostentava em suas fileiras diversos atletas que compunham a seleção nacional, configurando-se como um adversário de altíssimo nível técnico e tático.
O Duelo em Tóquio: Grêmio x Hamburgo pelo Título Mundial
Para o embate que valia a coroa mundial, o Grêmio de Valdir Espinosa entrou em campo com a seguinte formação, que se tornaria lendária:
Posição | Jogador |
---|---|
Goleiro | Mazaropi |
Lateral Direito | Paulo Roberto |
Zagueiro | Baidek |
Zagueiro | De León |
Lateral Esquerdo | Paulo César Magalhães |
Volante | China |
Meia | Osvaldo |
Meia | Paulo César Lima |
Ponta Direita | Renato |
Centroavante | Tarciso |
Ponta Esquerda | Mário Sérgio |
O Tricolor inaugurou o marcador aos 37 minutos do primeiro tempo, em uma jogada magistral de Renato Gaúcho, que conduziu a bola pela direita e finalizou com um chute cruzado certeiro. A equipe brasileira demonstrou solidez defensiva, contendo as investidas adversárias, mas, aos 41 minutos da etapa final, em uma cobrança de bola parada, Schröder conseguiu o gol de empate, levando a decisão para a prorrogação.
A Lenda de Renato: O Ícone que Decidiu o Mundial
No tempo extra, a estrela de Renato voltou a brilhar com intensidade. Recebendo um toque de cabeça de Tarciso dentro da grande área, ele habilmente trouxe a bola do pé direito para o esquerdo e finalizou no contrapé do goleiro Stein, marcando o gol que selaria a vitória gremista. Tal qual a camisa 10 de Pelé no Santos e a 10 de Zico no Flamengo, a camisa 7 de Renato Portaluppi foi eternizada no Grêmio naquele dia histórico.
O triunfo em Tóquio transcendeu a mera conquista de um troféu. Ele representou a afirmação inequívoca do Grêmio no cenário futebolístico global e a glorificação de uma geração de atletas que deixou uma marca indelével na história do clube. A vitória sobre o Hamburgo elevou o Grêmio a um patamar de elite, alcançado por poucos clubes brasileiros até então, com apenas Santos e Flamengo tendo conquistado o título mundial naquele período.
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