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Grêmio: Derrota para Alianza Lima Expõe Falhas Táticas e Desempenho Abaixo do Esperado na Sul-Americana
Por Redação Sou Imortal em 17/07/2025 02:41
Enquanto nos bastidores a Arena vivenciava um período de otimismo, com a reestruturação da gestão, a redução do preço dos ingressos e um notável aumento de três mil sócios em apenas doze horas, a realidade do Grêmio em campo desfigurava qualquer cenário promissor. A recente derrota por dois a zero para o Alianza Lima, na última quarta-feira, serviu como um amargo lembrete de que as razões para entusiasmo em 2025 permanecem distantes das quatro linhas.
O revés no estádio Alejandro Villanueva, em Lima, Peru, não apenas culminou em um placar adverso, mas também provocou a manifestação de críticas contundentes do próprio comandante técnico em sua coletiva pós-jogo. Tal cenário expôs, de forma inequívoca, a vulnerabilidade do plantel gremista.
Após a contundente goleada de quatro a um sofrida diante do Cruzeiro, a comissão técnica optou por uma formação com três volantes e três atacantes, visando aprimorar a solidez defensiva e explorar as transições rápidas. Contudo, essa estratégia revelou-se mais um insucesso.
O Grêmio em Números: Um Desempenho Aquém
Os indicadores da partida ilustram a disparidade de desempenho entre as equipes. Os anfitriões registraram vinte e três finalizações contra apenas oito do Tricolor. No segundo tempo, o Grêmio não conseguiu sequer um arremate certeiro ao gol adversário. A superioridade peruana estendeu-se aos escanteios, com nove a quatro, e até mesmo ao número de faltas cometidas, treze contra cinco, evidenciando a notável diferença de combatividade e intensidade.
Estatística | Alianza Lima | Grêmio |
---|---|---|
Finalizações | 23 | 8 |
Escanteios | 9 | 4 |
Faltas | 13 | 5 |
Com a rara exceção de Alysson, o conjunto gremista exibiu uma notável escassez de inventividade. Edenilson, atuando improvisadamente à frente dos volantes, demonstrou movimentação e infiltrações na área, chegando a forçar uma defesa exigente de Viscarra na etapa inicial. No entanto, a dependência da capacidade criativa de um "camisa oito", como já havia sido explorado pelo técnico anterior Gustavo Quinteros no princípio da temporada, mostra-se insuficiente para um clube com as aspirações do Grêmio .
No miolo do campo, o desempenho de Villasanti está aquém do que foi observado até 2023, carecendo tanto na marcação quanto na projeção ofensiva. Pelas laterais, Marlon, na esquerda, e Igor Serrote, na direita, foram presas fáceis para Castillo, que dominou diversas zonas do campo. A alteração de Aravena por Amuzu, após a atuação discreta do ganês contra o Cruzeiro, foi seguida pela reintrodução de Amuzu no segundo tempo, substituindo o chileno, em mais um movimento que não surtiu o efeito desejado.
A Busca Incessante por um Armador Central
Após sofrer dois gols em um intervalo de aproximadamente dois minutos, Mano Menezes iniciou as substituições. Alex Santana, Monsalve, Amuzu, Pavon e Ronald foram acionados, porém, nenhuma das trocas resultou na reação esperada.
A expectativa agora recai sobre o retorno de atletas como Braithwaite e Cristian Olivera para o próximo confronto contra o Vasco, no sábado, válido pelo Campeonato Brasileiro, e para o embate de volta com o Alianza Lima, na próxima quarta-feira, na Arena. Importante ressaltar que os meias de criação Monsalve e Cristaldo, perderam a confiança do treinador. Na entrevista concedida após o embate, Mano Menezes foi categórico ao afirmar que ambos não apresentam bom rendimento e que a equipe necessita urgentemente de um reforço para a posição:
? A gente já tentou, já trouxe Alex (Santana). Mas acho que um pouco mais à frente está o nosso problema, no cérebro de quem pensa, de quem cria, de quem acha um passe que é o passe decisivo. Precisamos de um armador principal, que entregue aquilo que toda equipe precisa ? comentou o treinador.
Mesmo após um período de dez dias de férias e mais dezesseis dias de treinamentos intensivos com o elenco à disposição durante a pausa para a Copa do Mundo de Clubes, Mano Menezes detém, sem dúvida, parte da responsabilidade pelas performances recentes do Grêmio . Uma situação que ecoa os desafios enfrentados por Gustavo Quinteros e, antes dele, por Renato. Contudo, se as avaliações do desempenho coletivo permanecem insatisfatórias sob a tutela de diferentes comandantes técnicos, torna-se imperativo reconhecer que a questão transcende a figura de quem orienta, estendendo-se àqueles que deveriam assimilar e executar as diretrizes.
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