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Grêmio é vice-líder em lesões no futebol brasileiro em 10 anos
Por Redação Sou Imortal em 26/12/2025 07:15
O desempenho do Grêmio dentro de campo nos últimos dez anos está intrinsecamente ligado à sua capacidade de manter atletas saudáveis, ou a falta dela. Um levantamento estatístico abrangente, que completa uma década em 2025, revela que o Imortal é o segundo clube da elite nacional com o maior volume de problemas clínicos. Com 457 registros de afastamentos médicos no período entre 2016 e 2025, o clube gaúcho só fica atrás do São Paulo, que acumulou 483 ocorrências.
A análise detalhada dos números gremistas aponta uma concentração alarmante de problemas em períodos específicos. Cerca de 27% de todas as lesões da década ocorreram nos anos de 2017 e 2018, totalizando 125 baixas. Nesses dois anos consecutivos, o Grêmio ostentou a indesejada liderança do ranking de contusões na Série A, com 61 e 64 casos, respectivamente. Tamanha recorrência levanta questionamentos sobre os processos de recuperação e prevenção adotados no CT Luiz Carvalho ao longo desse tempo.
?Tem alguma coisa muito errada?
O comentário feito no programa Seleção Sportv reflete o sentimento de perplexidade diante do cenário de departamentos médicos lotados em grandes clubes brasileiros. No Grêmio , a figura que simboliza essa luta constante contra o próprio corpo é o ex-volante Maicon. O antigo capitão tricolor é o recordista absoluto do levantamento em todo o Brasil, somando 26 passagens pelo departamento médico em dez anos. Apenas em 2016, o jogador precisou ser afastado sete vezes, sofrendo principalmente com problemas crônicos na coxa e na panturrilha.
Grêmio e a dependência do departamento médico: uma década de baixas
Ao observar a média anual, o Grêmio mantém uma marca de 45,7 lesões por temporada. Esse índice coloca o clube na quarta posição nacional quando a métrica é a constância dos problemas médicos, sendo superado apenas por Coritiba, São Paulo e Internacional. A tabela abaixo detalha como o Tricolor se posiciona em relação aos seus principais concorrentes no quesito de frequência de lesões por ano de participação na elite.
| Clube | Anos Analisados | Total de Lesões | Média por Temporada |
|---|---|---|---|
| Coritiba | 5 | 243 | 48,6 |
| São Paulo | 10 | 483 | 48,3 |
| Internacional | 9 | 414 | 46,0 |
| Grêmio | 10 | 457 | 45,7 |
| Vitória | 5 | 219 | 43,8 |
Além de Maicon, outros nomes conhecidos da torcida gremista aparecem com destaque negativo no banco de dados. O atacante Marinho, com passagens pelo clube, acumulou 25 registros médicos na década, enquanto o zagueiro Rodrigo Caio e o meio-campista Robinho também figuram no top 10 de atletas que mais frequentaram as macas dos departamentos médicos brasileiros. Para o Grêmio , o impacto financeiro e técnico de ter jogadores de alto investimento indisponíveis por tanto tempo é um fator que não pode ser ignorado pela gestão.
A gravidade das contusões e o tempo de recuperação no Brasil
Embora o Grêmio sofra com a quantidade de lesões, a gravidade dos casos apresenta um cenário distinto se comparado a outros clubes. Enquanto o Vasco da Gama lidera o tempo médio de recuperação, com quase 50 dias de afastamento por caso, o Grêmio registra uma média de 37,16 dias. Isso indica que, embora o Tricolor tenha muitos jogadores parados, a maioria das ocorrências não é de extrema gravidade, como rupturas ligamentares que exigem mais de um ano de tratamento.
No cenário nacional, o caso de Ruan Oliveira, do Corinthians, serve como o exemplo mais drástico de inatividade, totalizando 1.386 dias sob cuidados médicos. Já no Grêmio , a recorrência de problemas musculares é o que mais preocupa. O mapa das lesões no futebol brasileiro confirma que a coxa é a região mais afetada, com 3.585 incidentes registrados na década, seguida pelo joelho, com 1.290 casos. Essa tendência se repete no elenco gremista, onde as queixas musculares são as principais vilãs da continuidade do trabalho dos treinadores.
| Jogador | Clubes no Período | Total de Lesões |
|---|---|---|
| Maicon | Grêmio | 26 |
| Marinho | Diversos (inclui Grêmio) | 25 |
| Pablo | Athletico-PR, São Paulo e Sport | 24 |
| Mayke | Cruzeiro, Palmeiras e Santos | 24 |
| Rodrigo Caio | Flamengo, Grêmio e Santos | 23 |
Anatomia do desgaste físico no futebol de alto rendimento
A metodologia aplicada pelo Gato Mestre para compilar esses dados considera apenas atletas que foram vetados por motivos clínicos de pelo menos uma partida oficial. Casos de jogadores poupados por desgaste ou questões fisiológicas não entram na conta, o que torna os números ainda mais contundentes sobre a saúde real dos elencos. No Grêmio , o desafio para as próximas temporadas será descer nesses rankings e otimizar a performance física para evitar que temporadas vitoriosas sejam comprometidas por ausências evitáveis.
O histórico de 10 anos mostra que o sucesso esportivo está diretamente atrelado à gestão de saúde. Clubes como o Palmeiras e o Flamengo, apesar do alto número de jogos, conseguem manter médias de lesões inferiores à do Grêmio , o que sugere uma margem de evolução para o departamento de ciência e saúde do Tricolor. Em um futebol cada vez mais intenso, o tempo passado no DM pode ser a diferença entre levantar taças ou amargar resultados abaixo da tradição do clube.
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