Grêmio: Justiça Nega Prisão de Suspeito em Ataque ao Ônibus – Entenda as Medidas

A esfera judicial trouxe à tona uma decisão relevante acerca do incidente que envolveu o ônibus da delegação do Grêmio em agosto. O pleito de prisão preventiva para um dos indivíduos apontados como participante no ataque foi indeferido. Contudo, a Justiça optou por implementar medidas cautelares rigorosas, que incluem o impedimento de frequentar quaisquer eventos futebolísticos, tanto em território nacional quanto internacional, por um período de doze meses.

Embora as autoridades não tenham tornado público o nome do torcedor em questão, apurações revelaram a identidade de Daniel da Silva Farias. O Ministério Público (MP) havia solicitado a detenção preventiva de Farias, fundamentando-se nas conclusões da Polícia Civil, que o identificou como uma figura central e de liderança no episódio de violência ocorrido nas imediações do Aeroporto Salgado Filho.

Tentativas de contato com Rogério Bassotto, advogado que representa Farias em processos junto ao Juizado do Torcedor, não obtiveram retorno. O espaço permanece aberto para qualquer manifestação por parte da defesa.

O Veredito Judicial e Suas Implicações para o Grêmio

O histórico de Daniel da Silva Farias junto às autoridades policiais não é recente, evidenciando um padrão de envolvimento em conflitos no âmbito do futebol. Entre os registros, destacam-se a suposta participação na depredação de equipamentos do VAR na Arena, em outubro de 2021, e a suspeita de envolvimento em um caso de roubo no estádio do São José, ocorrido em 2023.

É importante frisar que, até o momento, não existe uma condenação definitiva contra o denunciado. No entanto, ele já experimentou um período de prisão preventiva, que se estendeu por cerca de dez meses, e esteve sob a aplicação de medidas cautelares em outras ocasiões, as quais foram posteriormente revogadas. Este panorama levanta questionamentos sobre a eficácia de medidas restritivas em casos de reincidência.

Um Histórico de Conflitos: O Perfil do Torcedor Envolvido

A investigação do Ministério Público resultou na denúncia de um total de onze indivíduos por suas supostas participações no ataque ao ônibus do clube. Estes podem ser responsabilizados por uma série de crimes, incluindo associação criminosa, dano qualificado, lesão corporal e ameaça. Todos os envolvidos possuem ligação com uma torcida organizada do Grêmio .

De acordo com informações do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, existe a possibilidade de uma composição civil, o que representa um acordo entre as partes antes que a denúncia seja formalmente acolhida pelo Poder Judiciário. Uma audiência preliminar será agendada nos próximos dias, momento crucial para a análise da denúncia e os próximos passos do processo.

Confira os crimes pelos quais os denunciados podem responder:

A Investigação Abrangente e as Acusações Coletivas

O ataque em questão ocorreu em 16 de agosto, no Aeroporto Salgado Filho. Imagens capturadas no local revelaram a presença de 44 pessoas na emboscada direcionada ao ônibus do Grêmio . Destas, onze foram identificadas: oito por meio da análise de impressões digitais coletadas no veículo pelo Instituto Geral de Perícias (IGP), e as demais através das câmeras de segurança.

A delegação tricolor preparava-se para embarcar rumo a Belo Horizonte, onde o Grêmio tinha um compromisso pelo Campeonato Brasileiro contra o Atlético-MG. O grupo de torcedores invadiu a área onde o ônibus estava estacionado. Três seguranças do clube tentaram conter a investida, mas Luis Fernando Cardoso, conhecido como Fernandão, foi agredido. Uma pedra foi atirada contra o veículo. Embora a comissão técnica, dirigentes e jogadores que estavam a bordo tenham sido ameaçados, nenhum deles sofreu ferimentos físicos.

A identificação dos suspeitos foi significativamente auxiliada pelas digitais coletadas por peritos, um elemento crucial para o avanço da investigação.

Os Detalhes da Emboscada ao Ônibus Tricolor