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Grêmio: Mano Menezes Reavalia Esquema Após Goleada e Projeta Sul-Americana

Por Redação Sou Imortal em 15/07/2025 09:12

A recente e contundente derrota por 4 a 1 para o Cruzeiro, no retorno do Campeonato Brasileiro, acendeu um alerta significativo no Grêmio. O revés no Mineirão não foi apenas um tropeço; representou uma profunda decepção com o desempenho coletivo e a falha na execução do plano de jogo, impelindo o técnico Mano Menezes a uma reavaliação imediata e substancial. Com a iminência do confronto contra o Alianza Lima, no Peru, pela Sul-Americana, a equipe passará por uma reformulação, tanto em termos de nomes quanto de concepção tática, buscando maior solidez e proteção.

A estratégia para o playoff da Sul-Americana é moldada também pela existência de um segundo jogo, a ser disputado na Arena. Essa condição permite ao comandante gremista adotar uma postura mais prudente no primeiro embate fora de casa, visando, acima de tudo, manter a série viva para a decisão em seus domínios. A busca por um resultado que permita a reversão em Porto Alegre se tornou a prioridade.

A Virada Tática Inevitável

No setor ofensivo, a saída de Arezo, que seguiu para o Peñarol por empréstimo, coloca André Henrique como a única opção imediata para a posição de centroavante. O jovem de 22 anos, responsável pelo único gol gremista contra a Raposa, oferece uma característica de maior mobilidade em comparação ao uruguaio. Sua presença sinaliza a primeira alteração na dinâmica de ataque da equipe, em um momento em que Braithwaite, com dores no tornozelo direito, está indisponível para a viagem.

Além da mudança no comando do ataque, ganha considerável força a possibilidade de o Grêmio atuar com uma formação de três volantes. Essa alteração tática reflete a insatisfação com o desempenho do meio-campo na partida anterior, especialmente a pouca participação de Cristaldo, que novamente esteve abaixo do esperado. Monsalve, outra opção para a meia, apresenta restrições notórias, como deficiências defensivas e dificuldades de adaptação em partidas que exigem um jogo de costas para os marcadores.

Para compor esse tripé no setor central, Edenilson, que deu a assistência para o gol de André Henrique , emerge como uma alternativa viável. Ele se junta a Alex Santana, Dodi e Villasanti no leque de escolhas disponíveis para Mano Menezes, que busca maior consistência e poder de marcação na faixa central do campo. A expectativa é de um meio-campo mais robusto, capaz de conter o ímpeto adversário e oferecer maior segurança à defesa.

No campo defensivo, a equipe também contará com um reforço importante. Marlon, que não pôde atuar contra o Cruzeiro por questões contratuais (estava emprestado pelo próprio clube mineiro), treinou com o grupo e reassumirá a titularidade na vaga de Lucas Esteves, trazendo mais experiência e consistência para a lateral esquerda. O último treino antes do confronto contra o Alianza Lima será realizado já em solo peruano, na tarde de terça-feira, onde os ajustes finais serão feitos.

As Lições Amargas de Belo Horizonte

A análise da derrota para o Cruzeiro revela um cenário de descompasso entre a intenção e a execução. Ao contrário de uma postura defensiva, Mano Menezes optou por uma formação que incluía os volantes Villasanti e Alex Santana, o meia Cristaldo , os pontas Alysson e Amuzu, e o centroavante Arezo ? este último, um pedido expresso do jogador por mais minutos em campo. Contudo, o Grêmio não conseguiu sequer ameaçar o vice-líder do Campeonato Brasileiro. O placar elástico, que se desenhou de forma natural, só não foi ainda maior devido às boas defesas do goleiro Volpi, que evitou uma decepção ainda mais profunda.

O treinador manifestou sua frustração com a incapacidade da equipe de materializar o plano de jogo em campo. A expectativa era de que, com maior qualidade técnica e velocidade, o time pudesse oferecer mais perigo ao gol adversário. No entanto, os números da partida pintam um quadro desfavorável para o Grêmio , apesar de uma estatística que, à primeira vista, poderia enganar:

Estatística Grêmio Cruzeiro
Posse de Bola 57% 43%
Finalizações 10 16
Passes Trocados 436 275

Mesmo com 57% de posse de bola, especialmente no segundo tempo, quando o adversário já estava acomodado com a vantagem de 2 a 0 construída na etapa inicial, essa superioridade numérica não se traduziu em objetividade. O Cruzeiro, mesmo com menos posse, foi significativamente mais perigoso, com 16 finalizações contra apenas 10 do Grêmio . A disparidade no número de passes trocados, 436 para os visitantes contra 275 dos donos da casa, reforça a ineficácia da construção gremista.

A análise pós-jogo de Mano Menezes foi incisiva, apontando falhas táticas claras na saída de bola e na progressão.

Sabíamos como deveríamos jogar e não foi como executamos. Tínhamos que sair por um corredor e fazer logo a troca, porque o Cruzeiro pressiona muito o setor da bola e insistimos no mesmo corredor. Quem não joga, quem entrega a bola ao adversário, erra sucessivamente a saída, traz o adversário para cima
comentou o técnico após a partida, evidenciando a falta de cumprimento das orientações.

O Rumo para a Sul-Americana

Para o confronto diante do Alianza Lima, no Peru, a meta é clara: além de aprimorar as questões táticas, Mano Menezes exige uma postura completamente diferente da equipe. O objetivo primordial é sair do Peru "vivo", ou seja, com um resultado que permita ao Grêmio decidir a vaga nas oitavas de final da Copa Sul-Americana em casa, no jogo de volta, marcado para 23 de julho. A busca por uma performance mais compacta, segura e eficiente é a prioridade máxima para o Tricolor neste momento decisivo da temporada.

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