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VAR de Grêmio x Botafogo: Áudio Explica Decisão Polêmica do Pênalti
Por Redação Sou Imortal em 25/09/2025 00:13
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) trouxe à tona, nesta quarta-feira, os registros sonoros da cabine do VAR referentes ao lance decisivo que resultou em pênalti para o Grêmio, no embate que culminou em um empate por 1 a 1 com o Botafogo, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. A divulgação oferece uma rara janela para o processo de tomada de decisão que moldou o resultado da partida.
Foi Ilbert Estevam da Silva, o responsável pela arbitragem de vídeo, quem convocou o juiz de campo, Lucas Paulo Torezin, para uma revisão minuciosa. O cerne da discussão, conforme a equipe do VAR, residia na percepção de uma "ação de bloqueio" cometida por Matheus Martins, atacante do time alvinegro.
A controversa marcação permitiu que Tiago Volpi convertesse a penalidade máxima, sacramentando o gol de empate para o Grêmio aos 44 minutos da etapa final, em Porto Alegre, um momento que redefiniu o confronto.
Análise Detalhada da Decisão do VAR
Na gravação, Ilbert detalha sua perspectiva sobre o incidente:
Vejo um atleta que salta (Matheus Martins). Com o braço esquerdo, ele faz uma ação de bloqueio e muda a trajetória dessa bola. Pela (câmera) inglesa, a gente consegue ver bem essa trajetória. Vocês concordam comigo que é uma ação de bloqueio para penal?
Esta indagação, dirigida à sua equipe, revela a busca por consenso na interpretação da jogada.
Ele prossegue, instruindo o árbitro de campo:
Torezin, recomendo uma revisão para possível penal por uma ação de bloqueio, ok? Vou te soltar um loop lento, porque é a melhor condição que temos para ver essa mão em uma ação de bloqueio. Essa bola não toca no braço direito, que é um braço grudado. O braço esquerdo é um braço aberto que troca a direção.
A precisão na descrição da posição do braço foi crucial para a recomendação.
A Confirmação do Juiz e o Desfecho
O árbitro principal da partida, Torezin, ao analisar as imagens, confirmou a leitura do VAR, salientando que a esfera já havia ultrapassado a linha do ombro de Matheus Martins no instante do contato. O lance em questão ocorreu por volta dos 40 minutos do segundo tempo, originado de uma cobrança de falta executada por Arthur Cabral em direção a Marcos Rocha.
Conforme sua deliberação final, Torezin sentenciou:
A bola já tinha passado do ombro dele e toca na mão. Tiro penal (...) sem sanção disciplinar, sem cartão amarelo.
A ausência de sanção disciplinar indica que o toque foi considerado acidental ou não intencional o suficiente para justificar um cartão, apesar de configurar a penalidade máxima.
Impacto e Controvérsia Pós-Jogo
A divulgação desses áudios, embora busque transparência, frequentemente alimenta o debate sobre a subjetividade das decisões arbitrais, especialmente em lances de alta complexidade como o que envolveu a "ação de bloqueio". A interpretação do que constitui um bloqueio intencional ou uma posição natural de braço continua a ser um ponto de fricção no futebol brasileiro, com cada detalhe podendo alterar drasticamente o rumo de uma partida e, consequentemente, a tabela do campeonato.
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