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O impacto das enchentes no bairro do Grêmio

Por Redação Sou Imortal em 10/06/2024 17:51

O Bairro do Grêmio: Um passado vibrante, um presente devastado

Antes um cenário vibrante de azul, preto e branco, o bairro Humaitá, em Porto Alegre, hoje carrega as marcas de uma tragédia. O som da torcida gremista, que ecoava pelas ruas, foi substituído pelo barulho ensurdecedor de máquinas pesadas e água jorrando de mangueiras. O aroma do churrasco assando deu lugar a um cheiro fétido que impregna o ar.

Comerciantes em busca de um recomeço

Quem reside no bairro Humaitá, Farrapos e Anchieta viu na chegada da Arena do Grêmio uma oportunidade de crescimento econômico. Desde 2013, inúmeros bares surgiram no entorno do estádio, muitos deles administrados por moradores que dividem o espaço de trabalho com o lar. Os jogos do Grêmio eram a principal fonte de renda dessas famílias.

A fúria das águas

Em 3 de maio de 2024, as fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul transformaram o bairro em um imenso lago. A água subiu mais de dois metros, deixando uma marca indelével nas paredes das casas e estabelecimentos comerciais. O ge visitou o Humaitá e ouviu as histórias de quatro empreendedores que dependiam da paixão gremista para sustentar suas famílias.

"Só ficaram as paredes"

Valter Fernando, conhecido como Pirico, de 61 anos, praticamente gerencia o bar Amigos do Pirico junto com sua filha, Mariana. Ele é uma figura conhecida entre os torcedores e sempre trabalhava nos dias de jogo. Pirico e sua esposa, Lúcia, tiveram sua casa e bar atingidos pela enchente, restando apenas as paredes marcadas pela lama. "A gente está três metros abaixo do Guaíba. Isso é um erro, porque os canos deveriam estar acima da Freeway", lamenta Pirico.

Vontade de ajudar

Alceu e Cida Nunes, donos do Beer C&A, também foram duramente atingidos pela enchente. Pouca coisa restou para ser reconstruída. Mesmo assim, Alceu encontrou força no voluntariado. "A gente perde tudo, mas não perde a vontade de ajudar", afirma. Ele e seus vizinhos estão apoiando as famílias mais humildes do bairro, distribuindo alimentos, materiais de higiene e itens de limpeza.

"Pesadelo"

O Bar da Isa é um dos mais populares da região. Isabel, de 57 anos, administra o comércio na parte da frente e mora atrás. Ela conseguiu salvar alguns pertences antes que a água subisse, mas perdeu estoque e equipamentos. "Parece que tu estás num sonho, num pesadelo, vai acordar e nada daquilo ali aconteceu", desabafa Isabel.

Surpreendidos pela água

Rosângela do Nascimento, de 58 anos, mora com a filha e o marido na avenida Padre Leopoldo Brentano, onde fica a Arena. O Churrasquinho Tricolor, bar da família, foi completamente destruído. "Tudo destruído. Tudo. As camas, roupeiros, sala, cozinha, banheiro", conta Rosângela, que perdeu tudo o que tinha.

Apoio do Grêmio

Desde o início das enchentes, o Grêmio criou uma campanha para ajudar a "Comunidade Tri". O clube tem realizado ações direcionadas aos bairros Humaitá, Farrapos e Anchieta. O diretor do Departamento de Responsabilidade Social do Grêmio , Luiz Jacomini, afirma que o clube está atento às necessidades da comunidade e está trabalhando para ajudar como pode.

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