Cuéllar no Grêmio: A Batalha do Volante por Condicionamento e Impacto em Campo

A permanência do volante Gustavo Cuéllar no elenco gremista para a sequência da temporada tem sido um tema de intenso debate e expectativa. O próprio jogador tem manifestado um notável desconforto com a persistente dificuldade em alcançar a performance desejada desde sua chegada ao clube gaúcho. Ele atribui parte de seus problemas físicos a uma estratégia adotada logo nos primeiros momentos em Porto Alegre, e agora, uma nova abordagem de condicionamento físico será implementada sob a supervisão do preparador Rogério Dias, conhecido como Rogerinho.

O desembarque do atleta na capital gaúcha ocorreu em 16 de janeiro. Sua estreia em campo, disputando 60 minutos contra o Monsoon pelo Gauchão, se deu em 29 de janeiro. Relatos de indivíduos próximos ao volante indicam que, naquele período, Cuéllar teria aceitado uma solicitação de Gustavo Quinteros para "se condicionar jogando". O jogador, hoje, reconhece que ceder a essa pressão por atuar foi um erro em sua avaliação.

O próprio atleta narra que o período inicial foi marcado por severas complicações no repouso. Cuéllar relata que chegava a dormir apenas três horas ou menos por noite, uma consequência direta da significativa mudança de fuso horário após sua saída da Arábia Saudita. Segundo sua percepção, a comissão técnica anterior não conduziu um processo de retreinamento que permitisse uma recuperação gradual do ritmo exigido pelo futebol brasileiro.

Adaptação Desafiadora: O Início de Cuéllar no Tricolor

Recentemente, o volante se reuniu com o vice-presidente de futebol, Alexandre Rossato, e o técnico Mano Menezes. Nessas conversas, Cuéllar expressou sua profunda inconformidade com a sucessão de obstáculos que tem enfrentado. Sua frustração é evidente pelo fato de não conseguir entregar o nível de desempenho esperado pelo Grêmio. Diante da diretoria e da comissão técnica, ele fez uma promessa enfática de que irá "dar a resposta" em campo.

A partir desses encontros, foi delineado um plano específico para seu recondicionamento físico. Em 10 de junho, Cuéllar reportou dores na coxa direita, e exames subsequentes confirmaram uma lesão no músculo posterior. Após sua recuperação total, Rogerinho será o responsável por ajustar e otimizar o trabalho de força do volante, visando uma base física mais robusta e duradoura.

Reuniões Cruciais e o Compromisso do Volante

A trajetória de Cuéllar tem sido marcada por uma série de interrupções. A primeira lesão muscular do jogador ocorreu em 1º de março, embora não tenha sido oficialmente divulgada pelo clube em boletim médico, sendo na época mencionada como um edema na coxa esquerda. Este problema o afastou dos gramados por aproximadamente 55 dias, até seu retorno contra o Godoy Cruz, em 24 de abril.

Após essa primeira recuperação, o volante conseguiu engatar uma sequência de cinco partidas, sendo três delas como titular, estendendo-se até 7 de maio, a última vez em que atuou pelo Tricolor. Contudo, naquela ocasião, Cuéllar sofreu uma lesão na panturrilha direita, que inclusive demandou um tratamento com aplicação de células-tronco para acelerar o processo de cicatrização.

O Histórico de Lesões e a Busca Pela Plena Forma

No início de julho, o jogador participou de um jogo-treino com o Aimoré e era cotado para retomar a titularidade na volta do Campeonato Brasileiro. No entanto, ele ficou de fora da Recopa Gaúcha, disputada em 8 de julho, justamente para focar em seu condicionamento e estar apto para o confronto contra o Cruzeiro. Infelizmente, foi nesse período que ele sentiu o novo problema físico.

O Grêmio , ciente do potencial do atleta, persiste em seus esforços para aprimorar o desempenho de Cuéllar no segundo semestre. A expectativa é que, com o novo plano de trabalho e a dedicação do jogador, ele consiga finalmente superar as adversidades físicas e consolidar-se como peça fundamental no esquema tático da equipe.