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A Jornada de Darlan: Sacrifícios e Triunfos na China Após Deixar o Grêmio

Por Redação Sou Imortal em 23/12/2024 14:51

A Mudança Radical Para o Oriente

O ex-jogador do Grêmio, Darlan, tomou uma decisão notável em 2024 ao optar por uma transferência para a China, um mercado que, embora já não ostente o mesmo poder de investimento de outrora, ainda se apresenta como uma oportunidade para jogadores que buscam um novo impulso em suas carreiras. Darlan, determinado a abraçar a cultura local, desembarcou em Wuhan, uma cidade que ganhou notoriedade mundial há quatro anos. Essa mudança, no entanto, veio acompanhada de um sacrifício pessoal: ele só conheceu seu filho Lucca cinco meses após o nascimento.

Após sua saída definitiva do Grêmio em meados de 2023, quando foi vendido para o Levski Sofia, Darlan foi novamente negociado, desta vez com o Wuhan Three Towns, pouco mais de seis meses depois. A decisão de se aventurar no futebol chinês foi uma aposta calculada, buscando uma temporada com regularidade em jogos e, consequentemente, um avanço em sua trajetória profissional.

?Me sinto confortável no clube, bastante carinho do torcedor, pude jogar, que é uma coisa que o jogador procura e não consegue. Claro que tem momentos, tem escolhas. Foi uma chegada rápida que me adaptei com o treinador, com a filosofia do campeonato. Me consolidei na equipe e isso vejo que foi muito bom para dar aquele algo a mais que eu precisava, ganhar aquela gordura como jogador?, explicou Darlan, evidenciando a importância da adaptação e da continuidade para o seu progresso.

Desafios Pessoais e Superação

A distância se apresentou como um obstáculo significativo. Sua esposa, grávida, permaneceu no Brasil por decisão do casal, priorizando o acompanhamento médico adequado. Luca nasceu em Porto Alegre, e Darlan só teve a oportunidade de conhecê-lo cinco meses depois. Este foi, sem dúvida, um sacrifício, mas uma escolha feita em comum acordo. Para lidar com a saudade e a ausência nos primeiros meses de vida do filho, Darlan buscou o suporte de uma psicóloga.

?Foi bem complicado, eu fiquei com muita saudade, foram momentos que eu tive que estar bem forte mentalmente. A questão do meu segundo filho, eu fui conhecê-lo agora, conheci depois de cinco meses, então foi difícil, mas eu tive ajudas externas, busquei uma psicóloga para me ajudar nesse assunto, da saudade, da distância e fortalecer isso para mim poder suportar, porque não é fácil.?, compartilhou Darlan, revelando a dificuldade da situação e a importância do apoio profissional para sua saúde mental.

Darlan ressalta que a decisão de sua esposa permanecer no Brasil foi uma decisão conjunta, baseada no que era melhor para todos. "Não foi uma coisa minha só e até porque a minha esposa é bem parceira, a gente sempre conversa e escolhe o que é melhor para nós todos. Mas foi difícil, depois só de cinco meses eu poder pegar ele no colo. Mas acredito que ele vai entender depois que tiver mais homenzinho?, disse o jogador.

Adaptação e Imersão na Cultura Chinesa

Sem a presença da família em Wuhan, Darlan mergulhou de cabeça na estrutura do clube. Ele passou a viver dentro do complexo esportivo, que inclui um hotel para os treinos, localizado ao lado do estádio. Essa imersão foi crucial para sua rápida adaptação. Ele se envolveu profundamente na cultura local, convivendo com seus colegas chineses.

?Eu respirei mesmo esse ano a questão da minha preparação, de jogar, de mostrar o meu futebol. Foi positivo porque eu colhi bons frutos assim, durante o ano eu joguei todos os jogos, fiz bons números e isso é positivo para a gente que busca jogar, estar sempre na vitrine. Eu acho que foi uma escolha muito boa para mim?, afirmou Darlan, destacando a importância da imersão para seu desempenho em campo.

Um Olhar Para o Mundo e o Futuro

Darlan aproveitou a oportunidade para explorar a cultura oriental, visitando países como Japão e Tailândia, e compartilhando suas experiências em Wuhan. Essa imersão cultural se refletiu em seu desempenho em campo. Durante a temporada, ele participou de 31 jogos, o segundo maior número em sua carreira, marcando quatro gols e fornecendo duas assistências.

?Hoje eu me sinto um cara do mundo mesmo, de ter essas experiências em países diferentes. São experiências para a vida, fora o futebol. Isso é muito importante, porque o futebol a gente não vai ter para sempre, chega um momento que a gente tem que pendurar as chuteiras, então isso com certeza vai me dar uma bagagem muito boa para o que eu quero para a vida?, refletiu Darlan, demonstrando uma visão de mundo ampliada pelas experiências vividas.

A experiência em Wuhan foi tão positiva que Darlan, aos 26 anos, não tem planos de retornar ao Brasil por enquanto. Ele tem mais um ano de contrato com o clube e, se não houver renovação, pretende continuar no futebol chinês. ?Hoje realmente eu estou feliz, estou tendo grande experiência, vivendo coisas fora o futebol que a gente não vê, que não é só futebol. Tu tem vida, lazer, sempre com responsabilidade, mas é uma coisa natural na Europa, na Ásia. Foge um pouco do Brasil, tem umas formas de cobrança às vezes que são exageradas. A minha ideia realmente é ficar lá fora, desfrutar o máximo. O Brasil é o meu país, não tem como eu negar isso, futuramente, se tiver situações, digo mais para frente, porque realmente nesse momento não me interessa retornar ao Brasil?, concluiu Darlan, expressando sua satisfação e planos para o futuro.

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