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Dívida do Grêmio Dispara: A Verdade por Trás dos R$ 377 Milhões na Gestão Guerra

Por Redação Sou Imortal em 24/11/2025 16:13

Um levantamento financeiro recente, baseado em informações concedidas pela atual diretoria do Grêmio, liderada por Alberto Guerra, revela um acréscimo de R$ 220 milhões ao passivo do clube nos últimos três anos. Ao somar essa quantia ao montante herdado da gestão predecessora, comandada por Romildo Bolzan Junior, a obrigação financeira global do Grêmio , sujeita a juros e atualizações monetárias, alcança a expressiva cifra de R$ 377 milhões.

Este expressivo aumento nas obrigações do clube é atribuído a três vertentes principais: compromissos bancários, pendências tributárias ? incluindo parcelamentos de impostos ? e débitos com terceiros.

No espectro das "dívidas com terceiros", destacam-se os aportes financeiros realizados pelos empresários Celso Rigo e Marcelo Marques, totalizando R$ 143,7 milhões. Curiosamente, R$ 63 milhões, emprestados por Marques para viabilizar as aquisições da última janela de transferências, possuem um plano de quitação bastante alongado: serão pagos ao longo de 60 anos, sem incidência de juros, através de parcelas anuais consideradas "suaves" de R$ 1,05 milhão.

As Fontes do Passivo: De Bancos a Empresários

Adicionalmente aos R$ 220 milhões já mencionados, o Grêmio enfrenta um passivo de R$ 123,7 milhões referentes a pagamentos a outros clubes por aquisições de atletas. Contudo, a direção opta por não integrar essa quantia no cálculo da dívida total do clube.

Em contrapartida, o Tricolor possui um crédito de aproximadamente R$ 20 milhões proveniente de vendas de jogadores. Este valor a receber é um fator que mitiga a visão do passivo de contratações, justificando a decisão de não incluí-lo na contabilidade do aumento da dívida, pois as entradas futuras podem compensar parte desses débitos.

O vice-presidente Fábio Floriani, ao abordar a complexidade da situação, descreve a contabilidade como "dinâmica". Ele esclarece: "Nem todo o valor a ser pago é de parcelas que venceram. Temos a perspectiva de pagar em breve R$ 5 milhões com Atlético-MG (por Pavon) e Vitória (por Wagner Leonardo ), que temos uma dívida com eles. E também vamos pagar o clube do Arezo (Granada, da Espanha), que são mais R$ 7 milhões. Em poucos dias, podemos reduzir em R$ 12 milhões essa despesa. E estamos para receber um valor atrasado do Botafogo (pela venda de Nathan Fernandes )." Essa perspectiva indica um esforço para gerenciar os fluxos de caixa e reduzir débitos a curto prazo.

Gerenciamento de Atletas: Débitos e Créditos no Mercado

Panorama Financeiro: Números Chave da Gestão

Item Financeiro Valor (R$) Observação
Dívida Total do Clube 377 milhões Inclui passivo anterior e atual
Aumento da Dívida (3 anos) 220 milhões Atribuído à gestão atual
Dívidas com Terceiros 143,7 milhões Empréstimos de Celso Rigo e Marcelo Marques
Dívida com Clubes (aquisição de jogadores) 123,7 milhões Não incluída no cálculo da dívida total pela gestão
Valores a Receber (venda de jogadores) 20 milhões Mitiga o passivo de contratações
Investimento em Contratações (3 anos) 230 milhões Justificativa para o aumento da dívida
Receitas de Direitos de Imagem (antecipadas) 62 milhões Não considerada dívida futura

Segundo Floriani, o vice-presidente, o incremento no endividamento quase se equipara ao montante direcionado ao departamento de futebol: nos últimos três anos, o investimento em contratações de atletas atingiu a marca de R$ 230 milhões.

O dirigente defende a estratégia, afirmando que "Quando assumimos, tínhamos apenas um atleta com valor de mercado, o Bitello. Era um time insuficiente. Hoje, temos muitos ativos no elenco e um time que pode competir. Se o clube vender dois ou três jogadores, já paga metade da dívida." Essa declaração sublinha a aposta na valorização do elenco como uma solução para o passivo.

A administração atual, sob a presidência de Alberto Guerra, realizou a antecipação de R$ 62 milhões em receitas relativas a direitos de imagem. Este montante, contudo, não é categorizado como dívida, visto que não representa uma obrigação de pagamento futuro para o clube. Importante notar que não houve movimentação similar em relação às receitas publicitárias da Alfa, a patrocinadora principal.

A Justificativa da Gestão: Investimento vs. Endividamento

Encerrando a análise, o presidente Alberto Guerra rebate as críticas: "Estão criticando o endividamento do clube, que é um dos menores dos clubes grandes da Série A. O Palmeiras, por exemplo, referência de gestão, possui uma das maiores dívidas justamente porque investiu também em jogadores. Os ativos que tínhamos em novembro de 2022 não suportavam a divida que tínhamos. Apesar do aumento da dívida, os ativos de hoje suportam com muita folga esse déficit." A perspectiva da diretoria é que o investimento em jogadores, transformando-os em ativos valiosos, confere solidez financeira ao clube, mesmo diante de um passivo crescente.

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