Edenilson Cobra Grêmio: Postura Tardia e Falha Coletiva em Pauta

A recente derrota do Grêmio por um placar mínimo diante do Fluminense, no icônico Maracanã, não apenas adicionou mais um revés à campanha tricolor, mas também acendeu o debate interno sobre a performance da equipe. Em meio ao desapontamento que se seguiu ao confronto do último sábado (2), uma voz experiente emergiu para vocalizar uma cobrança direta e incisiva: a do volante Edenilson.

A essência da intervenção do meio-campista residiu na percepção de que a resposta do time só se manifestou após o adversário ter balançado as redes. Para o atleta, a capacidade de reação, embora presente, surge de forma tardia, um comportamento que exige correção imediata para que o Grêmio imponha seu ritmo desde o apito inicial.

A Exigência de Proatividade: O Alerta de Edenilson

A análise de Edenilson ecoa diretamente o desenrolar da partida. O gol que selou a vitória carioca foi assinalado ainda na primeira etapa, por Everaldo, colocando o time gaúcho em desvantagem. Somente após a desvantagem no marcador é que o Grêmio pareceu despertar, construindo as oportunidades que, infelizmente, não foram convertidas em gols na etapa final.

A insatisfação do jogador com a reatividade do elenco foi expressa com clareza. Ele lamentou que a equipe só tenha adotado a postura ideal quando já estava atrás no placar, pontuando uma falha de iniciativa que Mano Menezes, segundo o próprio volante, tem se empenhado em corrigir.

A nossa postura tem que ser sempre essa. Não depois que toma o gol. A gente tem que acertar mais isso, se impor desde o começo do jogo. É o que o Mano tem tentado corrigir.

Foto: (Divulgação)

Falha Coletiva e a Busca por Consistência no Grêmio

Além da questão da proatividade, Edenilson também se debruçou sobre a origem do gol sofrido, classificando-o como um erro sistêmico, e não um mero acaso individual. Esta distinção é crucial, pois aponta para uma vulnerabilidade que transcende a atuação de um único atleta, indicando a necessidade de um ajuste tático e de comunicação em todo o esquema defensivo.

O lance do pênalti é isolado. O lance do gol é uma falha coletiva.

Apesar do diagnóstico severo, o experiente volante não deixou de reconhecer um aspecto positivo na performance recente do time: a capacidade de reação demonstrada na parte final do confronto. Para ele, essa melhora, ainda que tardia, evidencia o potencial do grupo, mas a meta agora é estender esse nível de atuação por toda a duração dos jogos.

A gente tem que jogar, criar oportunidades, igual a gente fez.

A mensagem é clara: o Grêmio precisa transpor a barreira da reatividade e iniciar os duelos com a mesma intensidade e organização que por vezes exibe apenas quando o placar já é desfavorável. A consistência, mais do que a capacidade isolada, é o verdadeiro desafio a ser superado para que o Tricolor retome o caminho das vitórias com autoridade.