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Eleição Grêmio 2023: Pedido de Impugnação de Caleffi Gera Tensão

Por Redação Sou Imortal em 30/10/2025 11:32

A corrida presidencial do Grêmio testemunhou um desenvolvimento inesperado na última quinta-feira. Às vésperas da primeira etapa de votação, o grupo liderado por Odorico Roman oficializou uma solicitação de impugnação contra a candidatura de seu concorrente, Paulo Caleffi. Este movimento agitou o cenário político do clube pouco antes do pleito decisivo.

O documento, entregue à Comissão para Assuntos Eleitorais do Grêmio , detalha a argumentação da Chapa 2 de Roman. A base da contestação reside na alegação de que Luigi Antonio Gerace, um dos postulantes a vice-presidente na chapa de Caleffi, possui um filho, João Pedro Pohl Gerace, que atua como agente de futebolistas. Para sustentar a acusação, foram anexadas evidências fotográficas e informativas extraídas das plataformas digitais de João Pedro .

A fundamentação para tal impugnação encontra-se no Artigo 7º do Regimento Eleitoral da instituição. O parágrafo sexto deste artigo é explícito ao determinar que "não será deferido o registro de chapa para o Conselho de Administração que inclua candidato à Presidência e/ou Vice-Presidência que exerça, direta ou indiretamente, as funções de agente, gestor ou empresário de atletas profissionais, ou que possua relação de parentesco em linha reta de 1º grau (ascendente ou descendente) ou em linha colateral de 2º grau com quem exerça tais funções".

A Chapa 2 enfatiza que a ocupação profissional de João Pedro Gerace, como agente de atletas, estabelece um conflito de interesses inegável. A preocupação é que, em um eventual mandato de seu pai, Luigi Antonio Gerace, haveria uma influência direta ou indireta nas deliberações e negociações envolvendo jogadores do clube.

Regulamento Eleitoral e o Conflito de Interesses

Em resposta à iniciativa adversária, a chapa encabeçada por Paulo Caleffi divulgou um comunicado oficial. Nele, refuta veementemente as acusações, classificando a impugnação como tecnicamente infundada e com o propósito exclusivo de desestabilizar o ambiente eleitoral. O grupo de Caleffi aguarda a notificação formal para, então, apresentar os esclarecimentos e documentos que considerar pertinentes.

Contatado para comentar a situação, Philippe Jardim, presidente do Conselho Deliberativo, esclareceu que a ausência de um pedido de liminar para a impugnação significa que não há urgência para uma análise imediata antes da sessão de votação. Assim, o pleito, onde os candidatos disputam os 20% dos votos dos 343 conselheiros para avançar ao segundo turno, permanece inalterado. A votação envolvendo as três chapas prossegue conforme o cronograma original.

O Desdobramento Jurídico e a Votação Mantida

O procedimento subsequente prevê que a Comissão para Assuntos Eleitorais (CAE) do Conselho concederá um prazo de 48 horas para que a Chapa 1 apresente sua defesa formal. Após a coleta de todos os elementos necessários, a CAE terá um período de dois dias para deliberar sobre o mérito da impugnação e determinar as consequências legais que possam advir dessa decisão.

A Chapa 1, "Juntos pelas Três Cores", sob a liderança de Paulo Caleffi, emitiu a seguinte nota oficial:

A impugnação apresentada pela Chapa 2 não se sustenta tecnicamente, tendo por único objetivo tumultuar o processo eleitoral (o que já se tornou rotina). Assim que a chapa 1 for formalmente notificada a responder, uma vez que a representação foi vazada para influenciadores antes de qualquer trâmite dentro do Conselho Deliberativo, iremos apresentar todos os documentos que deixarão clara a manobra eleitoreira. Seguimos firmes com o propósito de debater projetos em prol do Grêmio.

Os Próximos Passos do Processo Eleitoral

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