Grêmio 2026: A Lista de Jogadores Que Podem Deixar o Clube - Detalhes Exclusivos

A iminente administração do Grêmio se depara com um dos seus primeiros e mais significativos desafios: a indispensável otimização do quadro de atletas. Com um contingente atual de 37 profissionais, a percepção interna é de um grupo superdimensionado, o que acarreta não apenas complexidades na gestão do ambiente interno, mas também uma sobrecarga considerável nos encargos financeiros mensais. O propósito central é desonerar a folha de pagamentos e, simultaneamente, preparar o terreno para as contratações estratégicas vislumbradas para a temporada de 2026.

Nesse cenário de reestruturação, uma série de nomes emerge como potenciais candidatos a uma saída, seja por meio de empréstimos ou liberações definitivas. Trata-se, em grande parte, de atletas que obtiveram pouquíssima ou nenhuma projeção no decorrer de 2025. Alguns, inclusive, não tiveram a oportunidade de pisar nos gramados em compromissos oficiais da equipe principal ao longo de todo o ano, como exemplificam os casos do goleiro Jorge e do lateral-esquerdo Enzo. A expectativa é que essa relação de possíveis desligamentos se amplie nos próximos meses, à medida que a nova comissão técnica delineie suas prioridades e a composição ideal para o elenco.

Elenco Sob Análise: Os Nomes na Rota de Saída para 2026

Para uma compreensão mais detalhada do panorama, apresentamos os jogadores cujas situações indicam uma provável transição para fora do clube:

A análise pormenorizada de alguns desses casos revela padrões preocupantes. O goleiro Jorge , por exemplo, apesar de contratado após o Gauchão e com contrato vigente até o final de 2026, não registrou um único minuto em campo, consolidando-se como a terceira alternativa para a meta gremista. Sua presença se restringiu ao banco de reservas em raras ocasiões, na ausência de Gabriel Grando.

Na linha defensiva, o zagueiro Jemerson apresenta uma trajetória de declínio. Embora tenha iniciado a temporada como peça central, sua relevância diminuiu drasticamente com a chegada do técnico Mano Menezes. Com 27 atuações registradas no ano, sua última partida como titular remonta a julho, na disputa da Recopa Gaúcha contra o São José, um indicativo claro de sua perda de protagonismo.

Outro nome da defesa, Viery, apesar de ser um jovem promissor com vínculo até meados de 2027 e promovido ao plantel principal em 2025, também enfrentou escassas oportunidades. Com apenas 11 jogos disputados, incluindo improvisações na lateral, o atleta oscila entre o banco de reservas da equipe principal e participações no time sub-20. A decisão de mantê-lo, mesmo diante de uma oferta de um clube árabe no meio da temporada, levanta questionamentos sobre a gestão de seu desenvolvimento e aproveitamento.

Contratos Longos e Pouco Aproveitamento: O Dilema do Meio-Campo e Laterais

A situação do lateral-esquerdo Enzo é igualmente emblemática. Chegando por empréstimo do CSA, com possibilidade de extensão até o término do Gauchão de 2026, o jogador não chegou a estrear oficialmente, permanecendo como terceira opção em sua posição. Contratado após se destacar em confronto direto com o próprio Grêmio , e tendo expressado publicamente que viveria "um sonho" ao vestir a camisa tricolor, a realidade de seu aproveitamento tem sido, no mínimo, desapontadora.

No setor de meio-campo, o volante Camilo também viu sua participação ser gradualmente reduzida. Integrado ao elenco em fevereiro, com contrato válido até 2027, o atleta participou de 24 confrontos. Contudo, sua sequência foi abruptamente interrompida com a chegada de Mano Menezes. Desde maio, Camilo não consegue atuar em duas partidas consecutivas, sendo acionado majoritariamente no segundo tempo. Sua última aparição como titular ocorreu em agosto, em um jogo contra o Sport, quando foi improvisado na lateral direita, evidenciando a falta de uma posição definida e de confiança para atuações consistentes.

O panorama atual do elenco gremista, com um número expressivo de jogadores com pouca ou nenhuma utilização, aponta para a urgência de uma reavaliação profunda. A necessidade de liberar espaço na folha salarial e no plantel não é apenas uma medida de contenção de despesas, mas uma estratégia fundamental para a construção de um time mais coeso e competitivo para os desafios de 2026. A nova gestão terá a responsabilidade de tomar decisões assertivas para moldar um Grêmio à altura de suas ambições.