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Grêmio: Desafios de Mano na Defesa, Dilema Jemerson e Luta no Brasileirão

Por Redação Sou Imortal em 03/05/2025 07:13

A situação no Grêmio é, sem dúvida, delicada. Posicionado perigosamente próximo à zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro, o clube gaúcho enfrenta significativas vulnerabilidades em seu sistema defensivo. Embora a chegada do técnico Mano Menezes tenha sido amplamente vista como o caminho para resolver esses problemas, a solidez esperada na retaguarda ainda não se manifestou.

Um ponto focal dessa preocupação defensiva é a figura do zagueiro Jemerson. O atleta tem se tornado alvo de críticas contundentes por parte dos torcedores. Lances específicos, como a falta que originou o terceiro gol adversário na Copa do Brasil ou as falhas nos gols sofridos na Sul-Americana, alimentaram o descontentamento público. Em um movimento claro para proteger o jogador e tentar criar um ambiente mais favorável, o treinador Mano Menezes utilizou a entrevista coletiva antes do confronto crucial contra o Santos para apelar diretamente à base de fãs.

"Quero pedir para o torcedor do Grêmio que entenda. Eu sei que às vezes é difícil, na paixão. Individualmente, não vamos resolver nossos problemas apontando o dedo para esse ou aquele. Quando o time estiver melhor, todos vão estar melhor", declarou o comandante gremista, em um pedido de compreensão e união.

A complexidade do cenário é agravada pela notável escassez de opções disponíveis para o técnico no setor defensivo. Com Rodrigo Ely e Gustavo Martins, zagueiros que atuam pelo lado direito, afastados por questões médicas, as alternativas ficam restritas a Viery, Wagner Leonardo e Kannemann. O detalhe é que todos estes são defensores canhotos, com preferência pelo lado esquerdo do campo. Este quadro limitado aumenta a pressão sobre os atletas aptos para jogar e restringe as possibilidades de rotação ou ajustes táticos.

A Luta por Consistência Defensiva

A fragilidade defensiva do Grêmio não é um problema recente; é uma questão que se arrasta por temporadas. A chegada de Gustavo Quinteros no início do ano não trouxe a melhora esperada, e a subsequente contratação de Mano Menezes tinha, entre seus pilares, a missão de "fechar a casinha", como se convencionou dizer. Na sua apresentação, Mano foi enfático ao afirmar que a equipe "não podia sofrer dois gols por jogo".

Contudo, em uma ironia do destino, a média de gols sofridos sob o comando de Mano Menezes em suas três primeiras partidas no cargo replicou exatamente o padrão que ele criticou. O Tricolor sofreu três gols do CSA na Copa do Brasil, um do Vitória pelo Brasileirão e dois do Godoy Cruz na Sul-Americana, totalizando seis gols em três jogos ? a mesma marca das últimas três atuações sob a batuta de Quinteros. Os números iniciais, portanto, indicam que a transição ainda está longe do ideal.

Após a derrota para o CSA, o próprio treinador ofereceu uma explicação para as dificuldades observadas, apontando para a transição tática em curso. Mano Menezes busca implementar uma movimentação baseada em posicionamento por zona, contrastando com a abordagem anterior que priorizava perseguições individuais dos defensores a adversários específicos. Essa mudança, segundo ele, exige uma adaptação coletiva que ainda não se consolidou plenamente.

"Há mais tempo, o Grêmio jogava com perseguições. Isso fica muito no imaginário do jogador, está acostumado. Quando você começa a trabalhar com posicionamento zonal, precisa toda equipe fazer esse posicionamento junto para essas coisas funcionarem bem. Um bom enfrentamento de um contra um inicia com um bom posicionamento. Se você está mal posicionado, você já sai atrasado", detalhou o técnico, evidenciando os desafios inerentes à nova metodologia de marcação.

Grêmio: Desafios de Mano na Defesa, Dilema Jemerson e Luta no Brasileirão
Foto: ( Marlon Costa/AGIF)

Números Preocupantes e a Luta na Tabela

Os números frios do desempenho defensivo corroboram a preocupação. Ao longo do ano, o Grêmio já viu suas redes balançarem 30 vezes em 24 partidas disputadas. No Campeonato Brasileiro, o desempenho é ainda mais alarmante: são 11 gols sofridos em apenas seis rodadas. Este índice coloca o Tricolor como detentor da segunda pior defesa da competição neste início, superando apenas o Juventude, que levou 14. Este retrospecto soma-se a um histórico recente desfavorável, com a equipe tendo sofrido mais de 100 gols nas últimas duas edições da Série A combinadas, um sinal claro da persistência do problema.

A dificuldade de adaptação à nova filosofia tática e a pressão sobre os jogadores em meio aos resultados negativos foram abordadas por Mano, que busca encontrar soluções dentro do elenco disponível.

Muitos deles (jogadores) sofreram porque certas coisas talvez não eram de acordo com a característica ideal. Se a ideia for boa, trabalhar com consciência, todos vão ter a capacidade de ajudar.

A urgência para encontrar o ajuste defensivo é amplificada pela delicada posição do Grêmio na tabela do Brasileirão. O clube figura na 18ª colocação, dentro da zona de rebaixamento, com apenas cinco pontos conquistados. O próximo compromisso, um confronto direto contra o Santos, 17º colocado, marcado para o domingo na Arena, ganha contornos de extrema importância para a sequência da equipe na competição. O mês de maio reserva uma sequência intensa para o Tricolor, com oito partidas agendadas, sendo seis delas em seus domínios. Este calendário, teoricamente, oferece uma janela de oportunidade para a recuperação ? desde que a defesa, enfim, encontre o caminho da solidez tão almejada.

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Comentado em 03/05/2025 11:31 Se o Jemerson não se acerta, vou começar a pedir o Fernando do jogo de botão, kkkk.
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Comentado em 03/05/2025 09:21 Vamos virar esse jogo contra o Santos!
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