Grêmio em Xeque: Dívida de Galdino Gera Cobrança Pública e Aumenta Pressão

Uma pendência financeira envolvendo a negociação do atacante Everton Galdino, vendido ao FC Tokyo, adiciona uma camada de complexidade ao cenário já desafiador do Grêmio. O presidente do Vila Nova, Hugo Jorge, trouxe à tona a cobrança de uma dívida em aberto, lançando luz sobre os procedimentos de repasse de valores no futebol brasileiro.

A controvérsia central reside na alegação de que o clube gaúcho não teria repassado os montantes devidos à Tombense, que detém parte dos direitos econômicos do jogador. Consequentemente, essa falha no fluxo financeiro impediu que a parcela destinada ao Vila Nova chegasse ao seu destino.

Sem hesitação, Hugo Jorge vocalizou sua insatisfação publicamente, apontando para a postura de grandes clubes:

"Você pega clubes iguais o Grêmio, que recebe do clube japonês a venda do Everton Galdino e não passa para Tombense, que por consequência, não repassa a nossa parte"

, declarou o dirigente, enfatizando que o Vila Nova ainda aguarda o recebimento de aproximadamente R$ 500 mil.

As Implicações de uma Dívida Não Repassada

A transação de Everton Galdino foi concretizada por um valor substancial de 1,2 milhão de dólares, o que na época correspondia a cerca de R$ 7,4 milhões. Contudo, a análise de Jorge ressalta uma dinâmica recorrente no cenário futebolístico: a concentração de recursos em poucos, enquanto os clubes formadores de talentos muitas vezes ficam à margem.

Essa situação expõe uma fragilidade persistente no sistema, onde clubes de menor porte, que investem na descoberta e desenvolvimento de atletas, enfrentam dificuldades para receber sua parte justa nas negociações. A ausência desses recursos compromete diretamente a sustentabilidade e a capacidade de investimento desses clubes.

Grêmio Busca Reação Urgente Enquanto Questões Fora de Campo Persistem

Enquanto as questões financeiras se desenrolam nos bastidores, o Grêmio concentra seus esforços na recuperação esportiva. A recente derrota por 4 a 0 para o Bahia no Brasileirão Betano serviu como um alerta, evidenciando problemas preocupantes no desempenho da equipe e impulsionando a busca por uma reviravolta imediata.

O técnico Mano Menezes tem implementado medidas rigorosas em resposta ao revés. A preparação para o clássico contra o Juventude, agendado para domingo (25) na Arena, incluiu a antecipação da concentração no CT Luiz Carvalho e a intensificação dos treinamentos. O foco principal tem sido em ajustes táticos, com especial atenção ao sistema defensivo.

Além dos desafios táticos e da pendência financeira, o departamento médico do Tricolor também apresenta incertezas, adicionando mais um elemento de preocupação ao panorama atual. A gestão de Alberto Guerra, portanto, navega por um período de turbulência, com frentes de batalha que exigem atenção tanto no campo administrativo quanto no esportivo.