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Grêmio Recebe R$4,5 Milhões da Libra: Entenda o Alívio Financeiro e a Batalha Judicial

Por Redação Sou Imortal em 13/11/2025 15:42

Ao término da temporada, o Grêmio viu seu cenário financeiro, antes pressionado, receber um alívio significativo. Uma parcela dos recursos provenientes da Libra, previamente envolvida em um litígio com o Flamengo, foi liberada, injetando R$ 4,5 milhões nos cofres do clube gaúcho. Conforme a determinação da Justiça do Rio de Janeiro, um montante de R$ 1,5 milhão permanece bloqueado, aguardando desdobramentos.

Este aporte surge em um momento crucial, considerando os recentes desafios financeiros enfrentados pelo Grêmio . O clube lidou com atrasos nos repasses da Alfa Bet, sua patrocinadora master, e a combinação desses fatores resultou na postergação dos salários dos atletas referentes ao mês de setembro. A situação, contudo, foi regularizada por meio de um empréstimo concedido pelo empresário gaúcho Celso Rigo, evidenciando a necessidade de injeções de capital.

A Batalha Judicial da Libra: Desbloqueio e Implicações

A reviravolta judicial ocorreu na última terça-feira, quando a Justiça do Rio de Janeiro reverteu uma deliberação prévia, atenuando o bloqueio sobre os direitos de transmissão destinados aos membros da Libra, que haviam sido retidos a pedido do Flamengo. Em setembro, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro havia determinado a retenção de R$ 83 milhões do repasse.

No entanto, a desembargadora Lucia Helena dos Passos, do mesmo tribunal, optou por manter bloqueados R$ 17 milhões, valor que ela considera como o cerne da disputa, liberando os R$ 66 milhões restantes. Para o Grêmio , essa decisão se traduziu na liberação da parcela de R$ 4,5 milhões, enquanto R$ 1,5 milhão de sua cota permanece sob litígio. A tabela a seguir detalha os valores envolvidos na controvérsia judicial:

Rubrica Valor (R$)
Bloqueio Inicial Total 83 milhões
Valor Desbloqueado Total 66 milhões
Valor Mantido Bloqueado Total 17 milhões
Parcela do Grêmio Liberada 4,5 milhões
Parcela do Grêmio Retida 1,5 milhão

A discórdia central reside na contestação, por parte do Flamengo, dos parâmetros estabelecidos pela Libra ? um consórcio que inclui clubes como Palmeiras, Bragantino, São Paulo, Santos, Atlético-MG, Bahia, Grêmio , Vitória, Remo, Paysandu, Volta Redonda, ABC, Guarani, Sampaio Corrêa, Brusque e o próprio Flamengo ? para a distribuição das receitas oriundas dos direitos de transmissão.

A Posição da Libra: Diálogo vs. Confronto

Em um comunicado conjunto divulgado no início da tarde, os clubes da Libra se manifestaram sobre a decisão judicial. A nota sublinha que:

O desbloqueio do valor de R$66 milhões, desproporcionalmente retido, traz alívio para o caixa e para o planejamento de todos nessa reta final do Campeonato Brasileiro, além de demonstrar claramente que a tentativa de asfixiar financeiramente os demais Clubes da Associação foi uma estratégia escolhida pela clube carioca e que não deu certo.

O documento judicial evidencia, ademais, a ausência de qualquer cálculo formal por parte do Flamengo em sua petição de recurso, que pudesse quantificar a parcela de verba que o clube carioca alegava ter direito. Tal lacuna, por si só, foi um fator determinante para a resolução favorável aos clubes da Libra.

Desde sua concepção, a Libra tem pautado sua atuação na priorização do diálogo e na busca por um entendimento coletivo entre seus integrantes, visando fomentar o aprimoramento do futebol nacional em benefício de todos. A entidade nunca teve a intenção de expor publicamente questões que, idealmente, deveriam ser tratadas com ponderação e serenidade em seus fóruns internos, como Comitês, Reuniões e Assembleias.

Após a decisão do Flamengo de levar a questão ao judiciário, a Libra agiu com estrita observância do rito processual, acatando o pedido de sigilo judicial do clube e apresentando suas argumentações de forma técnica, sempre com o objetivo de elucidar os fatos e buscar a resolução mais adequada para o impasse.

O propósito fundamental da Libra permanece inalterado: edificar um modelo para o futuro do futebol brasileiro, caracterizado pela justiça, sustentabilidade e profissionalismo. A recente e favorável decisão do Tribunal de Justiça do Rio, proferida pela Desembargadora Lúcia Helena Passos, reitera que o cerne da questão transcende um mero confronto entre clubes, focando-se, na verdade, no fortalecimento institucional do futebol nacional e de todo o ecossistema de negócios a ele associado.

É crucial ressaltar que a deliberação judicial não adentra o mérito da controvérsia, não havendo, portanto, reconhecimento sobre os cenários apresentados. A discussão aprofundada sobre o mérito será realizada, oportunamente, por meio de um procedimento arbitral competente.

A entidade persiste na convicção de que a verdadeira evolução depende intrinsecamente da estabilidade e da confiança nas instituições, nas lideranças e nos próprios clubes. Afirma-se que:

Não é por meio do confronto que se constroem avanços em uma associação.

Inovação e desenvolvimento exigem uma postura de diálogo contínuo, respeito às normas de conduta e aos demais membros, compreensão das demandas individuais de cada clube e uma governança sólida para embasar as decisões. A Libra, portanto, se mantém fortalecida, reafirmando seu compromisso de representar os clubes na tão almejada Liga Nacional, alinhando-se com a LFU e sustentando a crença de que a união amplifica o potencial coletivo.

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