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Grêmio x Bragantino: Arbitragem Controversa e a Derrota Amarga
Por Redação Sou Imortal em 05/10/2025 00:31
Em uma noite de intensa controvérsia na 27ª rodada do Brasileirão 2025, o Grêmio sucumbiu ao Bragantino por 1 a 0, em um desfecho que deixou um rastro de indignação. O gol decisivo, anotado por Jhon Jhon de pênalti, emergiu de um lance que, para muitos, jamais deveria ter sido assinalado, definindo o placar nos instantes finais de uma partida já profundamente alterada por intervenções arbitrais. O confronto, que tinha tudo para ser equilibrado, foi desvirtuado por decisões que colocaram o apito no centro das atenções, relegando o futebol a um papel secundário.
O Pênalti Que Selou o Destino: Uma Análise Contestada
O momento mais dramático ocorreu aos 53 minutos do segundo tempo. Após um chute de Praxedes que desviou em Marlon e saiu pela linha de fundo, o árbitro Lucas Casagrande, alertado pelo VAR Gilberto Rodrigues Castro Junior, reviu a jogada. A decisão: pênalti, sob a alegação de que a bola atingiu a mão do lateral-esquerdo gremista. Contudo, essa interpretação foi veementemente contestada, levantando sérias dúvidas sobre a consistência dos critérios de arbitragem.
O comentarista PC de Oliveira, durante a transmissão do Premiere, foi categórico ao afirmar que não houve infração, pois o braço de Marlon estava "colado ao corpo". Mesmo com a divulgação do áudio do VAR pela CBF, onde Casagrande e Castro Junior concluíram que a mão estava "desvinculada" no momento do toque, a dúvida paira sobre a legitimidade da marcação que resultou no gol solitário da partida e na amarga derrota gremista.
A Expulsão de Kannemann: O Primeiro Ato de Desequilíbrio
Antes mesmo do controverso pênalti, o Grêmio já havia enfrentado um revés significativo. Aos 42 minutos da etapa inicial, a expulsão de Kannemann alterou drasticamente a dinâmica do confronto. O defensor tricolor recebeu o cartão vermelho direto por um suposto braço aberto, interpretado como agressão pelo árbitro Lucas Casagrande, pouco antes de uma cobrança de falta em Pedro Henrique, em um lance que gerou intensa discussão no campo e fora dele.
Novamente, a análise especializada divergiu da decisão de campo. PC de Oliveira manifestou discordância quanto à aplicação direta do cartão vermelho, sugerindo que a interpretação da jogada foi excessivamente rigorosa. Este incidente precoce forçou o Grêmio a atuar com um jogador a menos por quase todo o segundo tempo, desmantelando qualquer estratégia ofensiva e relegando a equipe a uma postura defensiva forçada, com a prioridade de evitar o gol adversário.
Grêmio Reduzido: Tática Defensiva e a Atuação do Goleiro
Com a desvantagem numérica, o elenco comandado por Mano Menezes viu suas transições em velocidade, que haviam prometido na etapa inicial, desaparecerem. A prioridade tornou-se, invariavelmente, a defesa. As substituições realizadas pelo técnico no segundo tempo ? com as entradas de Wagner Leonardo, Alex Santana e Camilo? reforçaram a percepção de que um empate sem gols seria um resultado celebrado, dada a complexidade da situação.
Pavon, o único atacante em campo, dedicou-se intensamente à recomposição, uma função que, mais tarde, seria assumida por Amuzu. A meta de segurar o 0 a 0 dependeu enormemente da performance excepcional do goleiro Gabriel Grando, que se destacou como o melhor em campo pelo lado gremista. Volantes bloqueavam o setor central, enquanto a defesa afastava os cruzamentos adversários, muitas vezes sem direção, em um jogo amarrado e com a conhecida "cera" gremista, uma postura pragmática que, até o pênalti, parecia eficaz em garantir o resultado.
Números em Campo e o Apito Como Protagonista
Embora os números brutos da partida apontem para uma superioridade do Bragantino ? 28 finalizações contra apenas cinco do Grêmio , e oito chutes no gol contra um ? é crucial contextualizar que, até o lance final do pênalti, o placar permanecia inalterado. Os dados atestam a pressão dos mandantes e a dificuldade gremista em criar oportunidades, mas não a conversão em gols, o que sublinha o quão decisivas foram as intervenções arbitrais para o desfecho.
Não se pode dissociar a análise deste confronto da performance da arbitragem. As duas decisões capitais, a expulsão de Kannemann e o pênalti de Marlon, foram os pontos de inflexão que desestabilizaram o Grêmio e, em última instância, definiram o resultado. Em uma noite onde a bola deveria ser a estrela, foi o apito que, infelizmente, assumiu o protagonismo, ofuscando o espetáculo do futebol e deixando um gosto amargo para a torcida tricolor.
"O Grêmio está sendo roubado"
A indignação no vestiário gremista foi palpável. O lateral Marlon, um dos protagonistas involuntários do lance final, expressou seu descontentamento em termos contundentes, afirmando: "O Grêmio está sendo roubado". Essa declaração resume o sentimento de injustiça que pairava sobre a equipe após uma partida onde as decisões do juiz foram, para muitos, mais determinantes que o próprio desempenho em campo.
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