Pior Campanha Gaúcha no Brasileirão: Grêmio, Inter e Juventude em 2025

A edição de 2025 do Campeonato Brasileiro, que contou com a presença de três representantes do Rio Grande do Sul, infelizmente não será lembrada por um desempenho notável. As trajetórias de Internacional, Grêmio e Juventude no torneio foram marcadas por resultados aquém do esperado, culminando em uma performance coletiva que ecoa negativamente na história do futebol local.

O cenário, que já se configurava preocupante, poderia ter sido ainda mais desfavorável. O Colorado, por exemplo, assegurou sua permanência na elite apenas na derradeira rodada, com uma vitória crucial sobre o Bragantino e a combinação de resultados de seus adversários diretos na luta contra o rebaixamento. Conforme apurado pelo "Bolavip Brasil", as equipes gaúchas, em conjunto, registraram neste ano a quarta campanha mais fraca do futebol do estado na história da competição.

Para contextualizar essa constatação, o estudo comparativo que a embasou tomou como referência a média de pontos obtida pelos participantes gaúchos desde 1971, ano em que o Brasileirão adotou um formato mais alinhado ao modelo atual. Em quase cinco décadas, apenas em três ocasiões anteriores os clubes do Rio Grande do Sul apresentaram desempenhos inferiores ao presenciado em 2025.

Um Retrato Desolador: A Campanha Recente no Brasileirão

Com as vitórias de Grêmio e Internacional, e o empate do Juventude na última rodada, os clubes gaúchos concluíram o Campeonato Brasileiro com um aproveitamento de pontos de 37,4%. Este índice reflete a dificuldade enfrentada por todos: a equipe de Caxias do Sul foi rebaixada para a Série B, o Internacional conseguiu escapar da degola na última jornada, e o Grêmio finalizou a Série A na modesta nona posição.

Essa marca de 37,4% de aproveitamento posiciona a temporada de 2025 como a quarta pior já registrada para o futebol gaúcho no Campeonato Brasileiro. Um olhar para o passado revela momentos ainda mais desafiadores, mas que sublinham a gravidade do cenário atual.

As Piores Marcas da História Gaúcha na Elite Nacional

A campanha mais fraca de todas ocorreu em 1991. Naquela oportunidade, o Internacional terminou em sétimo lugar, enquanto o Grêmio figurou na penúltima colocação. O aproveitamento de pontos totalizou 35,1%, um índice que permanece como a pior marca histórica para os clubes gaúchos no torneio nacional.

Em 1999, o futebol gaúcho também viveu um ano para ser esquecido. Com Internacional na 16ª posição, Grêmio na 18ª e Juventude na 19ª, em um campeonato que contava com 22 equipes, o aproveitamento coletivo foi de apenas 36% dos pontos possíveis, configurando a segunda pior campanha. Outro ano de baixo rendimento foi 1989, quando Grêmio e Internacional encerraram o Brasileirão com 37% de aproveitamento, com o Imortal em 11º e o Colorado em 16º.

Para uma visão clara e comparativa, apresentamos as cinco piores campanhas gaúchas na história do Campeonato Brasileiro em aproveitamento de pontos:

O Contraste: Quando o Futebol Gaúcho Brilhou no Brasileirão

É importante recordar que Grêmio e Internacional, juntos, somam cinco títulos brasileiros, com o tricolor conquistando as taças em 1981 e 1996, e o colorado em 1975, 1976 e 1979. Contudo, e de forma curiosa, a melhor campanha coletiva do futebol gaúcho no Campeonato Brasileiro não resultou em um campeão do estado.

A performance mais destacada dos times do Rio Grande do Sul no Campeonato Brasileiro ocorreu em 1974. Naquele ano, o Internacional alcançou a quarta colocação e o Grêmio , a quinta. Juntos, os clubes atingiram um impressionante aproveitamento de 66,7% dos pontos possíveis, um feito que contrasta drasticamente com os números recentes e serve de lembrete das glórias passadas e do potencial que o futebol gaúcho já demonstrou em nível nacional.

A análise do desempenho de 2025, em perspectiva histórica, impõe uma reflexão crítica sobre os rumos do futebol gaúcho. Longe das campanhas vitoriosas e dos altos aproveitamentos de outrora, o presente exige uma reavaliação profunda para que as equipes do estado possam almejar um retorno ao protagonismo que sua rica história lhes confere.